6 de mar. de 2011

Lembre-se sempre!





2 de jan. de 2010

Feliz 2010

Faça o seu, o nosso, mundo mudar para melhor, um detalhe já é uma diferença!


5 de mai. de 2008

BDSM no Divã - Um Comentário

Nas andanças pela net encontrei um excelente blog sobre BDSM onde escrevi um comentário sobre o tópico BDSM no Divã, escrito já há algum tempo, tempo suficiente para que o autor encontrasse uma profissional ética e competente.
Ainda assim, valem os esclarecimentos feitos lá:

Posso, e acho que devo, falar em nome da psicanálise.
No título do tópico consta o divã, dispositivo específico do tratamento psicanalítico.


Algumas distinções previamente importantes:

Psiquiatra: profissional formado em Universidade de Medicina que optou por tratar alterações mentais e bioquímica cerebral. É o médico mais indicado a prescrever medicação psicotrópica (ansiolítico, anti-depressivo, barbitúrico, anti-psicótico, etc.), pois sabe a indicação e dosagem corretas para cada caso.

Psicólogo: profissional formado em Universidade de Psicologia. Pode atuar na área escolar, recursos humanos, institucional, hospitalar e clínica (consultório-psicoterapia).

Psicanalista: psicólogo ou médico que faz especialização em psicanálise, incluindo análise pessoal, estudo teórico e atendimento supervisionado. Essa “preparação” é permanente, já que seu principal pilar é uma formação do inconsciente que produz um psicanalista. Trabalha em consultório.

A psicanálise foi construída há mais de 100 anos por Sigmund Freud e sustenta-se em seus conceitos fundamentais até hoje. Evidente que surgiram releituras do texto freudiano, algumas bastante ricas como a de Jacques Lacan, que promoveram uma precisão da teoria e da práxis psicanalítica.

Isto posto, vamos ao ponto: Freud jamais separou qualitativamente os conceitos de normalidade e anormalidade, pelo contrário, seus estudos sempre apontaram que havia tão somente uma questão de intensidade, ou de quantidade! Ou seja, não há os normais e os anormais, há sim estruturas psíquicas distintas que podem ser mais ou menos afetadas por determinadas características. Disso ninguém se salva.

Uma das pedras angulares da obra freudiana é o conceito de pulsão, magnificamente descrito no texto “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade”, 1905, (em Obras Completas de S. Freud, ESB, Imago Editora).

Resumindo e simplificando muito aqui, o que ele diz nesse estudo é que o ser humano não tem o que se chama instinto sexual, ou seja, um comportamento padronizado como existe no reino animal. Para o ser humano não existe objeto, objetivo, nem alvo, determinado naturalmente. É constatável isso, mas foi revolucionário naquela época. Freud denomina pulsão isso que move e anima o ser humano sexualmente e que há tantas possibilidades de variações quanto há de indivíduos! Brilhantemente nesse livro, ele aproxima a sexualidade dita normal da pretensamente perversa, indicando que nos jogos preliminares e de sedução, por exemplo, há componentes voyer, exibicionista, sádico, oral, anal, etc, etc, etc
Sendo assim, todo e qualquer ser humano tem suas particulares preferências, condições, fetiches, que fazem despertar seu desejo. O fato de pertencer a uma maioria é uma questão estatística e questionável, ou alguém já conseguiu que os segredos das fantasias ou do que se faz na intimidade viessem claramente à tona para uma medição fidedigna?

Então o BDSM não deveria ser adjetivado como uma “forma de prazer alternativo”, mas simplesmente como uma forma de prazer como tantas outras.

Você (o autor do tópico citado) tem razão quando diz que muitos psicólogos e psiquiatras entenderão a preferência BDSM como algo a ser “corrigido”, assim como a homossexualidade, a bissexualidade, a castidade, a masturbação, etc. Essas duas disciplinas levam em conta o fenomenológico, o estatístico e o cultural, em detrimento da singularidade. E não são só eles! Muitos formadores de opinião, religiosos, pensadores, filósofos e os vizinhos vão ter suas opiniões balizadas e moldadas por seus referenciais. Certamente que os que se propõe a tratar do psiquismo não deveriam agir assim, mas não é o que acontece. Há algumas exceções no que cito aqui, claro.

Já a psicanálise tem como ética o desejo da estrita diferença, ou seja, o bem do sujeito nem sempre é o que se supõe que seja, só ele pode saber o melhor para si. Portanto um psicanalista de fato jamais julgaria ou tentaria “consertar” uma escolha, seja ela sexual, profissional, pessoal ou afetiva. Os adeptos de BDSM tem questões como qualquer um, que podem sim ser levadas a uma análise, como se levam quaisquer coisas (amor, dinheiro, família, relacionamentos, trabalho, angústia, tristeza). Se o(a) psicanalista julgar ou tentar enquadrar você, saia fora, esse profissional se diz psicanalista, mas não é!

Medicação, psicoterapia e psicanálise são tratamentos totalmente distintos em seus objetivos.

Enfim, concordo que é exigir demais que todo mundo entenda e aceite nossas escolhas, sejam em que âmbito for, às vezes é mais conveniente preservar-se. O que é da ordem da vida privada pode permanecer como tal, afinal ninguém sai contando o que faz nos bastidores.

Porém discordo (do que foi publicado no citado artigo) que os adeptos do BDSM não devam procurar um tratamento psicanalítico se assim o desejarem.

Só em uma análise pode-se falar tudo e qualquer coisa...


3 de mai. de 2008

Quer Participar dos Chats SM?

Seja bem vindo(a)!

Algumas recomendações úteis:


1)Um chat SM não é diferente de outras formas de socializar-se: a educação, o respeito, o bom senso e a ética são importantíssimos.


2) É a sua primeira vez em um chat SM e você não sabe nada sobre o assunto?
Observe, peça informações e indicações de onde pode ler sobre BDSM, mas não importune a quem não se dispõe a explicações, é muita coisa para digitar em um chat! E existe o Google! rs



3)Particularidades do chat SM:


-Se está em busca de "sexo" virtual, errou de lugar. Embora os chats SM estejam na classificação de Sexo, não é a proposta da maioria.


-Se quer se divertir, simpatizou com o chat, há diversidade de assuntos e humor no chat SM. Aproveite!


-Em BDSM a liturgia e alguns preceitos são usuais e muitos só agem dentro desses parâmetros, real ou virtualmente. Respeite e será respeitado(a).


-Os(as) Tops, Dominadores(as), habitualmente usam seus nicks em letras maiúsculas e denominam-se Senhor(a), Mestre, Rainha, Dom, Domme, Dono, Dona, Lord, Lady e/ou nicks que refiram-se ao sadismo, ao poder, etc.


-Os(as) bottoms, submissos(as) costumam usar seus nicks em minúsculas e nomeiam-se sub, escrava(o), cadela, servo(a) ou apelidos que lembrem masoquismo, obediência, docilidade, escravidão, devoção, etc.


-Os pares ou casais existentes são entre Top e bottom e a submissa costuma usar uma marca virtual - uma coleira, uma algema ou uma tornozeleira - com as iniciais ou o nome do(a) respectivo(a) Top.
Assim vê-se nicks compostos como {fulana}_Sr.FULANO (a fulana é sub do Senhor FULANO), poderia ser também {fulana}_SF ou ainda fulana_{SF}. Também podem ser ( ), [ ], ¥ ¥, ¶ ¶, etc.
Conselho: ao dirigir-se a uma sub com Dono ou aos próprios Doms, escreva a mensagem no aberto e não reservadamente. Lembre-se que são pessoas "compromissadas" e as vezes estão juntas no chat. Poupe-se de um fora e de incomodar. Se sua intenção é fazer amizades, seja cordial.


-É comum as submissas não teclarem no reservado, só fazem quando necessário, mesmo as que não tem Senhor/Dono/Mestre.
Conselho: não perca a chance de conhecer alguém interessante por esse detalhe.


-Você não é obrigado(a) a nada, muito menos a se definir como isso ou aquilo. Não tem que obedecer a ninguém, mandar muito menos.


-Preserve-se, não dê informações pessoais, lembre-se que no MSN pode-se gravar imagens da câmera. Não se iluda com o que vê no chat, não é porque alguém tem contatos ali que é confiável!!!

Segurança é fundamental nos dias de hoje e em BDSM mais ainda! Um(a) Dominador(a), Senhor(a), Mestre ou Rainha não pode forçar alguém a fazer algo para provar ser submisso(a)! Submissão é OUTRA COISA, não envolve dar ou emprestar dinheiro ou bens materiais, revelar segredos, expor-se precipitadamente, acatar ordens que lhe pareçam perigosas, etc...
Conselho: como em qualquer relação, em BDSM as coisas devem acontecer consensualmente, de forma gradual e satisfatória para ambos. Não deixe suas carências atropelarem você!!! Acredite: a ressaca é braba!

Boas dicas aqui:
Segurança Virtual

4 de nov. de 2007

O Mestre na Filosofia Zen

O Mestre
Aqui eu gostaria de dizer algo, que tenho guardado como um segredo por toda minha vida. Eu nunca quis ser um Mestre para ninguém...Ser um Mestre é uma tarefa muito estranha. Você precisa convencer pessoas sobre o coração utilizando argumentos e razões, racionalidades, filosofia, você tem que usar a mente como uma serva do coração. O trabalho do Mestre é lhe afastar da mente, para que toda sua energia se mova para o coração. Você captou o sentido? A palavra Mestre cria a idéia do discípulo, do seguidor. Como pode haver um Mestre sem um discípulo, sem um seguidor? Mas no sentido espiritual da palavra, Mestre significa domínio de si mesmo. Não tem nenhuma relação com qualquer seguidor; não depende da multidão. Um Mestre sozinho é suficiente. O novo homem de que tenho falado será um mestre de si mesmo. (Osho)

..
Comentário:
No Zen, o Mestre não é um Mestre de outros, mas um Mestre de si mesmo - Cada gesto seu, e cada uma de suas palavras, refletem a sua condição de iluminado. Ele não é um professor com uma doutrina para partilhar, nem um mensageiro supernatural conectado diretamente a Deus, mas simplesmente aquele que se tornou um exemplo vivo do mais alto potencial que repousa dentro de cada ser humano. Nos olhos do mestre, eles encontram a própria verdade deles refletida, e no seu silêncio eles encontram com maior facilidade o seu próprio silêncio interior. Juntos, eles criam um campo de força que dá apoio a cada um isoladamente, para que encontre a sua própria luz interior. Esta luz, uma vez encontrada, o discípulo chega a entender que o mestre exterior era apenas um catalisador, um recurso para provocar o despertar do interior.
Obs: Essa foi a carta que o Tarô Zen "apresentou" sobre esse blog. Publicamos por servir a nós como conselho e por ser uma definição bastante sábia de um Mestre, dentro ou fora do BDSM.
Fonte: Osho

2 de nov. de 2007

Concordamos e Apoiamos



Segurança 1 - Cuidados Importantes

Segurança, virtual e real, é um assunto que abordamos sempre por sua relevância e utilidade.Começando pelo que encontramos já publicado, destacamos a responsabilidade de cada um com sua própria segurança, não há como delegar isso, só você pode tomar essas providências.Francisco Cacho, falando sobre ética virtual, comenta um fator importante no virtual: o anonimato.
Ele diz: “A diferença entre um telefonema e uma carta ou um chat é o anonimato.[...] E entramos em uma comunicação na qual somos uma mescla do que queríamos ser, de nossos sonhos e aspirações, com o que na realidade somos[...] Isso pode muito bem se converter em uma prisão, porque a diferença entre o eu virtual que criei e o eu real é tão grande que a relação não pode acontecer, pois a imagem cairia por terra. E então, se não há a intenção de chegar a uma relação interpessoal, então isto não é uma forma de comunicação: é em si já uma forma de vida... um universo paralelo.”
.
Em outra página, *lorena* elencou em tópicos ótimas sugestões de cuidados reais e virtuais:
"Cuidados consigo:
1- Filtrar o que é fantasia e deve continuar sendo fantasia e o que pode ser realizado. Não *superfaturar* sua resistência, seja ela física ou emocional. [...]Na frente de um monitor tudo é perfeito, somos poderosas, suportamos e temos prazer em práticas extremas porque estamos seguras e fantasiar *não dói*.Se não houver uma *triagem*, acabamos passando para o outro uma imagem equivocada.Contos SM são uma delicia de se ler, mas, pelamordedeus, a maioria é fruto de imaginação e não roteiro para ser realizado.
2- Não ir com sede ao pote. Como dizia minha avó, quando a sede é muita qualquer água serve. Observar muito, ler com atenção as mensagens subliminares que todos passam e que muitas vezes, por desejo de realizar fantasias, idealizamos uma situação perfeita e não damos a atenção devida quando o pisca alerta acende. E, no entanto, os sinais de perigo estão ali.
3- Manter sua vida *baunilha* (não me refiro a relacionamentos baunilha e sim à vida diária), evitando perder o contato com a outra realidade e com seus princípios. São poucos os casos de pessoas que podem e tem estrutura física, familiar e emocional, para vivenciar apenas o SM.
4- Manter a auto estima nos píncaros. Não confundir viver a submissão com perder o amor próprio, aceitando qualquer coisa em nome de se sentir a VERDADEIRA submissa. (Alguém me fala por favor: o que é ser A VERDADEIRA SUBMISSA?)
.
Cuidados virtuais:
1- Não vá abrindo a vida como num confessionário. Gente, na vida real não é assim! Porque de frente ao monitor nos tornamos tãooooooo transparentes? Cautela [...] não faz mal a ninguém.
2- Não pergunte muito, não faça interrogatório, deixe que a conversa flua e as informações pipoquem naturalmente. Estranho? Não...rs. Quando se pergunta na dura mesmo, o interlocutor se arma. Normalmente temos respostas prontas para determinados assuntos, quanto mais quem pretende ludibriar.Deixe que falem, depois aborde os assuntos naturalmente. Nesse ponto é que começam acontecer as contradições, se houverem. E chequem as informações SEMPRE: local de trabalho, residência e outras que forem necessárias.
3- Não prolongue demais o contato apenas virtual. A virtualidade dá uma impressão enganosa de confiança e cumplicidade. Não significa ir direto para uma sessão, mas o olho no olho, num local movimentado em horário seguro, faz muito bem OBRIGADA.
4- Pelamordedeus, segure os hormônios na frente do monitor, se não conseguir JOGUE A CAM PELA JANELA. Não se exiba para quem não TEM TOTAL CONFIANÇA, com o risco de um belo dia se encontrar como artista de um curta metragem pornô erótico num youtube da vida.Sabe aquela sua foto m a r a v i l h o s a de sessão em que aparece até seu lindo rostinho?? Deixe para exibir para os amigos de confiança. Um segredinho: PODE-SE CAPTURAR IMAGEM PELO MSN.
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Cuidados com o *outro*:
1- Repetindo: conversar antes, muito, mas muito. Desvios de condutas não são tão fáceis esconder por muito tempo, desde que se queira mesmo ver o que tem por traz das palavras.
2- Especular, procurar informações com pessoas de sua confiança. Se o *DOM* se melindrar com isso, coloque uma *manada* de pulgas atrás da orelha.
3- Mostrar CLARAMENTE que se preocupa com sua segurança e que vai se resguardar informando a alguém que vai ao encontro de um DESCONHECIDO íntimo. Se não houver intenção escusa, a criatura vai achar perfeitamente normal. Se reclamar, saia fora!!!Se teve a precaução de encontrar a pessoa para o cafezinho não se esqueça de anotar a placa do carro. Isso assusta a quem tem intenções dúbias.
[...]Isso serve tanto para os casos *normais* como para tentar evitar psicopatas, com a agravante que os psicopatas normalmente têm uma inteligência acima da média e um elevado poder de manipulação. Mas normalmente recuam se observam segurança na provável *vítima*. Não querem ter trabalho, nem acabar sendo desmascarados."
Fonte: lorena (site temporariamente fora do ar, querendo o texto na íntegra, solicitar por e-mail)

30 de out. de 2007

Termos Básicos

BDSM sigla que condensa
B/D - Bondage e Disciplina
D/S - Dominação e Submissão
S/M - Sadismo e Masoquismo
Bondage - Imobilização com cordas, lenços, algemas de couro ou metal, tornozeleiras, fitas adesivas, barras de alargamento, etc.
Disciplina - Ensino, adestramento, treinamento, obediência.
Dominação (Domínio) - Exercício de influência decisiva e determinante sobre alguém ou algo; direito reconhecido de propriedade e supremacia de um indivíduo ou indivíduos sobre outro(s), controle,faculdade de dispor de alguma coisa como senhor dela. Autoridade. Possessão. Influência. (dicionário)
Submissão - Ato ou efeito de submeter(-se); sujeição, subordinação; disposição para obedecer, para aceitar uma situação de subordinação; docilidade, obediência, subalternidade. (dicionário)
Sadismo - Obtenção de prazer com a humilhação ou sofrimento físico e/ou psíquico de outrem. Satisfação com a dor alheia, crueldade.
Masoquismo - Obtenção de prazer a partir de sofrimento ou humilhação físico e/ou psíquico a que o próprio indivíduo se submete por sua vontade. Atitude de quem busca a dor, física e/ou psíquica, como satisfação.
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SSC - Sigla de São, Seguro e Consensual.
Linha amplamente recomendada e indicada em BDSM.
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Baunilha - Aquilo que não se refere a BDSM. Pessoa não envolvida ou interessada em BDSM. Sexo convencional. (em inglês: vanilla)

Bottom - Homem ou mulher que está na posição de submissão. Submisso(a), sub, servo(a), escravo(a), vassalo(a). Não confundir com inferioridade ou menos valia, são coisas bem diferentes.
Top - Homem ou mulher que está na posição de dominação. Dominador (Dom), Dominadora (Domme), Sádico(a), Senhor(a), Mestre, Dono(a), Amo, Rainha. Não confundir com superioridade, erro comum.
Switcher - Pessoa que aprecia ser dominador(a) ou submisso(a).
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